Gravidez na adolescência, racismo, a pressão de ser o que não é, amizade… Uma semana no ar foi mais que suficiente para “Malhação – Viva a diferença” mostrar que o conteúdo é, de verdade, bem diferente do que estamos acostumadas a acompanhar na novelinha teen. Já fomos fisgadas pelo texto e estamos acompanhando cada capítulo. Se você ainda não se rendeu, a gente dá dez motivos para você não perder mais nada.
CINCO PROTAGONISTAS
A fórmula tradicional do romance entre o mocinho e a mocinha foi deixado de lado desta vez. Benê (Daphne Bozaski), Ellen (Heslaine Vieira), Keyla (Gabriela Medvedovski), Lica (Manuela Aliperti) e Tina (Ana Hikari) são as donas da história em “Viva a diferença”. Elas se conhecem numa situação bastante atípica: Keyla entra em trabalho de parto dentro do metrô e as outras quatro meninas fazem o parto. A partir daí, nasce uma amizade forte entre as meninas, que formam o grupo #asfive.
REPRESENTATIVIDADE
“As famosinhas do metrô”, como foram chamadas nas manchetes de jornal, são um grupo bastante diverso. As meninas têm interesses diferentes e perspectivas diferentes.
“O Brasil é um país de misturas, de culturas distintas e de diferenças sociais. Vamos explorar as dificuldades e as belezas da convivência de pessoas tão diferentes e falar sobre respeitar a opinião do outro, a posição do outro, a cultura do outro”, explica Cao Hamburguer.
TEMAS RELEVANTES
De cara já temos uma jovem ganhando bebê, e em pleno metrô. O nascimento de Tonico, inclusive, é o que aproxima #asfive. Gravidez na adolescência não é um assunto novo, mas é uma realidade no Brasil, o que torna muito interessante a sua abordagem. De acordo com um dado do Banco Mundial, 70 a cada mil meninas entre 15 e 19 anos deram à luz em 2013.
Mas não é só isso. Estamos vendo outros temas importantes surgirem a cada capítulo. O preconceito está ali. Tina, por exemplo, já reclamou de ter sido chamada de japa: “JAPA?! Eu tenho nome tá? É Tina! Cristina! Eu ODEIO que me chamem de japa! É preconceito!”. O racismo também já foi apareceu. Mitsuko (Lina Agifu) não gosta de ver que a filha, Tina, é amiga “de gente assim”, referindo-se a Anderson (Juan Paiva). “Assim como, mãe? Cuidado, racismo é crime”, esbraveja a jovem.
O espectro do autismo também será tratado. Na sinopse da trama, está previsto que Benê vai descobrir que tem síndrome de Asperger. É esperar para ver como essa história se desenvolve.
AMIZADES
Já ficou claro que amizade vai ser um assunto importantíssimo a trama. A relação das #five já representa mais que bem esse tópico. “Elas têm personalidade forte, proatividade e independência. São donas dos próprios narizes e assumem o protagonismo perante a vida. Cada uma tem a sua trajetória e elas vão se ajudar muito para resolver os dramas que estão passando”, explica o autor.
Mas a abordagem não para por aí. Como lidar com a dificuldade de fazer amigos já foi uma realidade de Benê, que faz de tudo para manter as #five unidas. Keyla foi excluída do trio que formava com K1 (Talita Younan) e K2 (Carol Macedo) depois que descobriu estar grávida. K1 e K2 acreditam que a adolescente as traiu quando ficou com Tato (Matheus Abreu), mas elas não sabem nada da história da ex-K com o suposto pai de Tonico. Lica tem uma melhor amiga da vida toda, Clara (Isabella Scherer), mas a relação azeda por causa dos segredos entre elas.
NOVOS ARES
Pela primeira vez, o Rio não é mais o lugar onde tudo acontece. A trama da nova temporada é ambientada em São Paulo e poderemos acompanhar, por exemplo, a cena musical da cidade.
CASTELO RÁ-TIM-BUM
Quem assina o texto de “Viva a diferença” é o Cao Hamburguer. Migas, ele simplesmente criou “Castelo Rá-Tim-Bum”, aquela série maravilhosa. Se você ainda não conhece ou quer rever tudo, é muito fácil: os episódios estão disponíveis no Youtube.
Outra série de Cao Hamburguer está disponível na Netflix: “Que monstro te mordeu”. Daphne Bozaski, que interpreta nossa Benê, é a protagonista da série.
Motivos de sobra para querer conferir, né?!
Oie! Eu nasci há alguns anos atrás (num dia de abril, em 1988), morei até os 19 anos em Colatina, um lugar quente no Norte do Espírito Santo, e vim para Niterói estudar Jornalismo. Saí da faculdade, mas não de Niterói e trabalho no Rio como repórter de TV. Gosto de escrever, ler, cozinhar, especialmente se eu não for comer sozinha, adoro ficar largada no sofá assistindo a séries/filmes/novelas acompanhada do namorado ou de amigos ou com todo mundo junto. Ah, e com um brigadeiro na colher!