Texto e fotos por Helena Zelic e Laura Viana
Quando estamos na escolinha, muitas de nós aprendemos que as cores primárias são azul, vermelho e amarelo. Mas, de certa forma, não é exatamente assim. O que existe, de verdade, são sistemas de cores, os principais chamados CMYK e RGB.
O CMYK é o mais próximo das cores primárias que já falamos. Em vez do azul, temos o ciano. Em vez do vermelho, magenta. E o amarelo, bom, é o amarelo mesmo. CMYK, então, significa ciano, magenta, yellow e black. Essas são as chamadas cores-tinta, ou seja, as cores primárias do “mundo real”, que usamos para impressões e pintura. Isso porque também existem as cores-luz, que são aquelas usadas através das telas de computador. O sistema RGB é cor-luz e é a sigla, em inglês, para as cores vermelho, verde e azul.
Mas isso não é o mais legal de tudo. Claro que é demais saber que, a partir de três cores, um universo de outras mil cores pode ser formado, em todos os tons possíveis. Isso é uma das coisas mais lindas do mundo. Mas o mais divertido, mais legal, mais bacana é ver como essas cores podem se repetir no lugar que a gente vive. Nos detalhes, nas coisas, nos presentes, as cores primárias estão lá, basta reparar.
Mesmo esse negócio de cor sendo tão divertido, ainda tem quem torça o nariz, principalmente em uma coisa tão presente na nossa vida: roupas. Pode reparar quando sair na rua ou chegar na escola – tem pouquinha gente que foge do preto-bege-jeans, e, quando foge, é em uma coisinha aqui ou ali. É bem improvável que você vá dar de cara com um combo camiseta azul, calça amarela e sapato rosa, porque alguém algum dia disse que “não combina” ou “é coisa de criança”.
Então nós aqui da Capitolina resolvemos pegar uma tarde para tirar do armário as jaquetas rosa-choque e as saias amarelo-canário para brincar de se vestir e se divertir com as tantas possibilidades inusitadas. O resultado vocês podem conferir nesse ensaio fotográfico tingido de CMYK (que, na nossa opinião, é o sistema de cor mais bonito):
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Azamigas são:
Amanda Veiga
Gabriella Beira
Giselle Melo
Heleni Andrade
Jade Cavalhieri
Julia Oliveira
Thais Yaemi
<3
Helena tem 20 anos e mora em São Paulo. É estudante de Letras, comunicadora, ilustradora, escritora e militante feminista. Na Capitolina, coordena a coluna de Literatura. Gosta de ver caixas de fotografias antigas e de fazer bolos de aniversário fora de época. Não gosta de chuva, nem de balada e nem do Michel Temer (ugh).
Aos 21 anos, todos vividos na cidade de São Paulo, Laura está, de forma totalmente acidental, chegando ao fim da faculdade de Artes Visuais. Sua vida costuma seguir como uma série de acontecimentos pouco planejados, um pouco porque é assim com a maior parte das vidas, muito por gostar daquela conhecida fala da literatura brasileira, “Ai, que preguiça!”. Gosta também de fotos do José Serra levando susto, mapas, doces muito doces e de momentos "caramba, nunca tinha pensado nisso!". Escreve sobre #modas por aqui, mas jura por todas as deusas que nunca usará expressões como "trendy", "bapho" e "tem-que-ter".