O mês de junho é conhecido mundialmente como o mês do Orgulho LGBTQIA+. Uma data em que celebramos a diversidade de identidades de gênero e orientações sexuais, exigimos que sejamos respeitados e nossos nossos direitos sejam assegurados. O Brasil, apesar de oficialmente não criminalizar a existência das pessoas não heterossexuais e não cisgêneras e a transexualidade ter deixado de ser considerada uma doença, ainda é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexual e assexual) no mundo, segundo a (ONG) austríaca Transgender Europe, o que revela que ainda temos um longo caminho para percorrer no que tange os direitos básicos.
Em uma sociedade que nos ensina desde nosso nascimento que tudo o que foge da norma (que diz que o padrão é branco, masculino, cisgênero e heterossexual) é errado e deve ser escondido e rejeitado, a população LGBTQIA+ é marginalizada, discriminada e violentada diariamente, seja por meio do apagamento midiático, das faltas de assistência e políticas públicas do Estado ou das violências físicas e sexuais que somos sujeitados pela não aceitação do outro.
Na Capitolina, a questão LGBTQIA é parte da revista desde sua fundação, mas como forma de visibilizar ainda mais nossa existência, demandas e narrativas, dedicamos nossa nova edição ao tema Orgulho.
Neste especial vamos relembrar a história da Revolta de Stonewall nos Estados Unidos, discutir a popularização das drags na mídia, recomendar uma série de livros com temática LGBTQIA+, e tratar das nuances e interseccionalidades da comunidade na série Crônicas de São Francisco. Além disso, como sempre, teremos uma playlist recheada de hinos musicais sobre orgulho para cantarmos a plenos pulmões que temos orgulho de ser LGBTQIA+ e não vamos mais aceitar sermos silenciados ou nos esconder.
Vitória Régia tem 24 anos, é formada em jornalismo e acredita no poder da comunicação para mudança social. É nordestina de nascimento, paulista de criação e carioca por opção. É apaixonada pela arte de contar histórias e dedica a vida a militância nos movimentos feminista, negro e LGBT.