Desde pequenas, somos pressionadas a ser heterossexuais. Às vezes de forma mais incisiva, às vezes com menor evidência. Perguntas como “e os namoradinhos?”, que nós tanto ouvimos em festas de família, são muitas vezes ingênuas, mas representam toda uma mentalidade heteronormativa – ou seja, que toma a heterossexualidade como padrão. Essas imposições acontecem desde cedo e limitam muito meninas e meninos que se sentem atraídos ou apaixonados (ou os dois ao mesmo tempo) por pessoas do mesmo gênero. Para as meninas, é dificílimo assumir sua sexualidade diante de tamanha lesbofobia, que se manifesta através da repressão, da violência, da negação e dos inúmeros discursos de ódio. Se assumir para a família ou para os amigos é uma missão difícil, delicada e dolorida, mas que também significa muito. Por isso, conversamos com a Camila Furchi e a Mayra Rhayane, do coletivo de lésbicas e bissexuais da Marcha Mundial das Mulheres. Elas nos contaram sobre suas vivências, experiências, lutas e resistências, e o resultado está aqui embaixo:
Créditos
Entrevista: Helena Zelic
Gravação: Fernanda Prieto, Gabriela Sakata e Laura Viana
Edição: Laura Viana
Helena tem 20 anos e mora em São Paulo. É estudante de Letras, comunicadora, ilustradora, escritora e militante feminista. Na Capitolina, coordena a coluna de Literatura. Gosta de ver caixas de fotografias antigas e de fazer bolos de aniversário fora de época. Não gosta de chuva, nem de balada e nem do Michel Temer (ugh).
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